O que é um ser ovnilogista?

Antes de começar a definir o que é um ovnilogista terei que começar pelas noções básicas, ou seja, o que é um ovni? Ora um ovni será, como se encontra no dicionário, um objecto voador não identificado. Existem também os osnis, que são os objectos submarinos não identificados. Para muitas pessoas um ovni é uma nave extraterrestre, porém não se deve entrar logo por aí, pois existem muitos avistamentos de ovnis que são confundidos ou com satélites, aviões, cometas ou ainda asteróides que entram na atmosfera terrestre. As pessoas agir de forma racional, e não olhar para um objecto qualquer e dizer logo que é uma nave extraterrestre, deve-se sim averiguar tudo ao pormenor (se emite luz ou não, a velocidade se é normal, se desapareceu, etc.) e todo um conjunto de características que permitem não retirar conclusões precipitadas. Um dos objectivos dos ovnilogistas é averiguar esses pormenores para não causar pânico entre as pessoas, porém não deve ser o único objectivo. Em caso de ocorrer uma aterragem de uma nave (extraterrestre ou não) o ovnilogista terá que verificar o terreno em redor, portanto a partir daqui vemos que a ovnilogia é uma pseudo-ciencia multidisciplinar que deve juntar muitos conhecimentos de pessoas ligadas a saúde, tais como analistas clínicos, pessoas ligadas à aviação e como os aparelhos se movimentam no ar, sociólogos, para ver as reacções das pessoas após/antes de um avistamento, psicólogos que poderão verificar se um individuo está ou não a mentir, ao relatar um avistamento ou caso de abdução, médicos que poderão analisar cicatrizes ou ferimentos, etc. A ovnilogia é estudada por indivíduos ligados a letras logo não têm noções de certo aspectos essenciais à ovnilogia, daí que seja absolutamente necessário algo que distinga os ovnilogistas de indivíduos que se julgam ovnilogistas (sim, muitos jovens (e não só) pensam que por terem visto os X-files já são pessoas que entendem muito acerca dos ovnis). Aqui à tempos ouvi falar da universidade de ovnilogia do Chile, porém não concordo muito com a questão das aulas serem dadas por cépticos, senão vejamos, um céptico como não acredita na existência de ovnis nunca dará exemplos concretos de como as ciências se adequam aos ovnis, já se as aulas fossem ministradas por pessoas que pudessem ser graduadas numa área mas que gostassem de ovnis, certamente que darão exemplos concretos de como as matérias que os alunos estariam a aprender. No que li acho que não está mau de todo, deveria ter noções de biologia e geologia para os ovnilogistas poderem pôr em pratica quando vão para locais onde houve uma aterragem de uma nave, provavelmente algumas noções de fisiologia ou anatomia devido a poderem analisar melhor os casos de abdução. Mas como disse logo desde inicio a ovnilogia é uma ciência que deve abranger várias áreas, daí que seja necessário vários tipos de pessoas na ovnilogia, cada uma a entender-se na sua área, e por isso não concordo muito com a ideia de haver universidades para ovnilogistas. Dentro desta ciência acho que é de realçar a importância de existir uma associação que reúna todos os ovnilogistas de modo a que todas as informações sejam catalogadas apenas por uma entidade, o que confere um rigor de credibilidade a essa entidade, Essa entidade seria única em cada país, onde depois poderia existir uma associação a nível global (porém muito mais complicada de formar, devido a razões obvias). Em Portugal a associação mais credível neste momento é a APO (associação de pesquisa ovni) à qual eu pertenço (www.apovni.org). Em relação ao objectivo do ovnilogista, enquanto pesquisador, este deve ser uma pessoa que recolha informação sobre casos de ovnis (quer sejam avistamentos, casos de abduções, etc.), os estude e os arquive de modo a poderem ser partilhados com outras pessoas. Daí que seja importante existir as associações credíveis que arquivem e partilhem essa informação com todos os ovnilogistas presentes no país. Mas agora surge uma questão, como tornar uma associação credível? Uma associação credível poderá ter como objectivo ter casos que não sejam falsos, ou falsificados, tais como fotos, ou vídeos; tem também que ter pesquisas realizadas por ela, por exemplo na APO temos inquéritos próprios que nos permitem numa primeira análise do mesmo nos permitem saber se uma pessoa está a mentir ou não. Um ovnilogista nunca conseguiria trabalhar única e exclusivamente sozinho, dado que tem de ter muitas informações acerca de muitos assuntos, desde saúde passando por aeronáutica e terminando em geologia, portanto (como podem ver) a minha opinião acerca do curso universitário de ovnilogia é um bocado contrária à maioria dos ovnilogistas, eu penso que deveremos continuar como estamos, várias pessoas de inúmeras áreas. Porque um ovnilogista não é uma pessoa que apenas procura encontrar extraterrestres, mas sim encontrar a verdade escondida em inúmeras coisas, como por exemplo as naves que os governos constroem sem o conhecimento das populações, as bases americanas que existem e que é impossível alguém lá entrar sob o risco de ser abatido, etc. Não se pode pensar que os ovnis sejam todos naves extraterrestres, podem ser “simples” tecnologias que sejam desenvolvidas por grandes génios da ciência e que os governos têm medo que essa tecnologia seja usada e forma incorrecta se fosse lançada para a população. Os ovnilogistas não devem ser indivíduos que pensam todos da mesma forma e que não ocorra (de tempos a tempos) uma evolução da (pseudo) ciência mas sim arranjar formas de debater entre si e contestar as opiniões de cada um para encontrar onde cada um está errado, para tornar esta ciência mais racional, de modo a reduzir as gracinhas que a população “not believer” têm para com os “believers”. Mesmo que, um dia, os extraterrestres se revelem à humanidade (humanidade em geral, não sendo só algumas pessoas que tiveram contactos com eles) o trabalho de um ovnilogista nunca iria acabar, pelo contrario ainda iria ser maior e muito mais cuidadoso, dado que seria ele que iria fazer as perguntas essenciais e realizar um trabalho inacabável (planetas, modos de vida, etc.), e como referi que a ovnilogia é um trabalho multidisciplinar é mais uma razão para o trabalho ser repartido por todos o que tornaria menos trabalhoso para uma só pessoa. Marina Pereira (Portugal) (artigo escrito a pedido do meu grande amigo e editor da revista ufo - Ademar Gevaerd. Saiu numa das edições da revista mas sinceramente não sei o numero)